sexta-feira, 10 de maio de 2013

Iron Man 3 - Vale a pena?

Fala, galera!

Como devoto da Sétima Arte e das histórias em quadrinhos, não pude deixar de conferir a terceira película*  dos filmes do Homem de Ferro.
♪...Com que roupa...♫

*Ainda se usa esse termo?

Como vocês devem saber, a ideia nem sempre foi boa... nosso querido Tony Stark não era bem visto no universo dos super-heróis. Aliás, o próprio relutava contra essa alcunha, ele era simplesmente "O Homem de Ferro". Devo acrescentar ainda que o Tony Stark original era cabeludo, barbudo e alcoólatra, mesmo com seus atos altruístas, mesmo salvando o universo e inúmeras vidas... enfim, Tony era um acúmulo de defeitos humanos que, inesperadamente, transformou-se em um dos vingadores.
Tony Stark combatendo seu mais clássico
e poderoso inimigo: o Alcoolismo
As coisas mudaram quando a Marvel lançou o Universo Ultimate (deu um pouco mais de carisma a Stark), mas muita coisa deste personagem ainda estava por ser redesenhada... do contrário, o personagem seria (ainda) considerado por muitos um grande filho-duma-égua¹.

¹Do latim "Dumaputaeh Filius"

Em 2008 as coisas finalmente se alinharam para nosso amigo Tonynho. O roteiro já estava em andamento desde 1990, nas mãos da Universal, em 2006 foram passados os direitos à Marvel (questões de tempo e direito autoral) e passados dois anos, a Marvel colocou o diretor Jon Favreau e o ator Robert Downey Jr. na pele do magnata excêntrico, o que há muito se respeita, creditando o sucesso à direção e à interpretação única de Robert.

Em 2010 a dose foi repetida. O único problema foi um excesso de vilões em muito pouco tempo de filme. Podemos chamar isso de SHA3 (Síndrome de Homem-Aranha 3), que acredito, não será incomum em filmes de super-heróis, especialmente por parte da Marvel, após Iron Man 2.

Mandarim: um dos mais
 fortes vilões do Universo Marvel
Aí chegamos a 2013. Nós tínhamos Capitão América, Thor, Hulk e Os Vingadores. Os cineastas nos prometeram coisas, como a vinda de uma lenda dos quadrinhos: Mandarim, um dos vilões mais poderosos do Universo Marvel. Shane Black desta vez foi o diretor, por opção de Favreau, que ficou apenas na produção executiva. Problema? Vejamos...

Aviso 1 : Vamos partir agora para o enredo da bagaça. Se você não deseja Spoilers, não continue lendo a parte em azul escuro até o aviso 2.

A adaptação de quadrinhos para o cinema sempre foi um assunto delicado. Não queira estar na pele do diretor com uma missão como essa: fãs são horrivelmente difíceis de se agradar! Elaborei aqui uma listinha pequena de coisas que deveriam/poderiam/eram obrigatórias neste filme:

Decepcionado? Eu também...

1 - O Mandarim deste filme não passa de um imbecil disfarçado. Quem conhece os quadrinhos ia querer ver o Mandarim com seus 10 anéis de força, capazes de estraçalhar metade do mundo em menos de 10 minutos. (Tá, eu to forçando, mas quem conhece sabe do que eu falo.)

2 - A organização I.M.A., que é uma das mais poderosas organizações terroristas dos quadrinhos, não passa de um laboratório de nanotecnologia mal-representado, fazendo ataques internacionais de helicóptero? Como, diabos, ninguém desconfiou de que a base do ataque era americana, considerando que a mídia estavam em cima de Tony Stark após ele ter ameaçado estupidamente os terroristas?

3 - Por que focar tantos minutos de filme em que Stark está completamente ferrado? Muita coisa poderia ser poupada, especialmente aos espectadores. Tem muitas, muitíssimas cenas com Stark com uma arma na mão, tentando desarmar a I.M.A. inteira, apenas com 3 partes da armadura nova.

Vamos aos pontos interessantes do filme, pra você que tem esperança nos Estúdios Marvel:

1 - O filme perde o foco no egocentrismo de Tony Stark, e passa à questão do quão inventivo ele é. Considerado o segundo personagem mais inteligente do Universo Marvel, o que teria consertado o filme não seria vinculá-lo à franquia Iron Man, mas intitulá-lo "Tony Stark", considerando que em poucas ocasiões Stark veste a armadura.


2 - A apresentação de várias versões das Mach's. Um destaque especial para a Mach 42.


3 - Funciona muito bem como comédia, considerando que o vilão não passa de um palhaço, o roteiro raramente coloca Stark como herói. Porém, cabe destacar a "cena do avião", em que Tony pilota a Mach 42 e salva uma galera em queda livre.


Aviso 2: Terminam aqui as revelações sobre o enredo do filme.


Afinal, vale a pena?


Como eu falei na parte em azul, o filme serve bem como comédia, tem boas cenas de ação, mas coloca Tony Stark como o Chuck Norris da Marvel em muitos pontos, quando o cara deveria mais ser um MacGyver. Deu espaço demais para as cenas de ação com o Stark, do que para as cenas do Homem de Ferro que conhecemos, amamos e queríamos ter visto beeeeem mais no cinema.

Falei, agora é com vocês!

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