Filme de suspense e terror dirigido por Jaume Collet-Serra, com 4 produtores, incluindo o trabalho de Leonardo DiCaprio (sim, ele não é só um rosto das telonas, ele não é só Titanic, e ele não é só um maricas...). Em especial, o filme deu destaque à jovem Isabelle Fuhrman, que é a protagonista antagônica da trama.
O enredo é composto de um drama bastante pesado, sobre um casal (Kate, professora, com problemas com álcool e John, marido infiel e engenheiro) com dois filhos, um jovem comum e uma filha com problemas auditivos. O terceiro filho do casal não sobrevive ao processo do parto e a terapeuta do casal recomenda a adoção de uma criança como terapia, especialmente para a mãe.
O casal encontra em um lar de freiras a pequena Esther, de aparentes 9 anos de idade, cantando, tocando piano e pintando com dons incomuns para uma criança normal. Encantados, adotam-na, sabendo de seu passado difícil, sendo a única sobrevivente de um incêndio residencial na Rússia.
A família a recebe bem, mas Daniel (filho legítimo do casal) visivelmente a reprova. Na escola, Bulling certo, devido às implicâncias do menino, todas as crianças a perturbam por seu modo de vestir, falar e se portar. E meio a uma briga, Esther deixa cair uma bíblia com fotos de homens, o que piora gravemente a situação. Sabendo do ocorrido, a madre de onde a jovem fora adotada descobre que Esther teve um passado duvidoso, brigas contínuas na escola e a origem do incêndio como criminosa, mas sem suspeitos. A jovem sabe que a madre desconfia de algo e arquiteta um plano para silenciá-la...
Se você não assistiu ao filme, um aviso: drama psicológico, tortura física e psicológica. Mas quem somos nós sem um pouco desse masoquismo psíquico? Um terror não é tão bom se não mexer com o emocional, e é justamente o que "A Órfã" faz com os expectadores. Não um terror nojento ao estilo Sexta-feira 13, nem tão vazio quanto Atividade Paranormal, mas atormenta através das angústias de Kate, que tem noção de que a adoção de Esther fadou a família à ruína. Acredite, a mocinha não deixará a mãe adotiva em paz, por motivos que não posso spoilerizar, mas tem desculpas bem melhores que as dos assassinos da série Pânico...
A lógica desse filme (de 2009) também há de deixar muita gente de cabelo em pé. Descobrir se Esther é tudo aquilo que aparenta, se Kate é mais problemática do que o filme revela inicialmente ou se as crianças da escola foram cruéis a ponto de desencadear a fúria na órfã são apenas alguns dos dilemas em que você se encontrará ao longo do filme.
Por agora, é isso, pessoal. Bons sonhos...